quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Descoberta de câncer de próstata em múmia ajuda a entender a causa

A Universidade Americana de Cairo (AUC, sigla em inglês) anunciou a descoberta de uma múmia de 2.200 anos com câncer de próstata. A descoberta reforça a tese de que a doença pode ser causada principalmente por motivos genéticos, e não ambientais.

O estudo foi publicado no jornal Internacional Journal of Paleopathology, e foi usado tomografia computadorizada para analisar por dois aos três múmias da coleção do Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa. As imagens revelaram que havia lesões na pélvis, espinha e membros próximos, traços indicativos de câncer de próstata metastático, em uma das múmias – um homem que morreu por volta dos 40 anos de idade.

“Estamos começando a acreditar, no entanto, que as causas do câncer podem ser menos ambientais, e mais genéticas”, diz Salima Ikram, professora da AUC.

De acordo com a pesquisadora, esse é o segundo caso mais antigo conhecido de câncer de próstata. “As condições de vida nos tempos antigos eram muito diferentes. Não havia poluentes ou alimentos modificados, por exemplo, o que nos leva a crer que a doença não é necessariamente ligada apenas a fatores industriais”, diz.

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