sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Dr. Gustavo Faggion assume a prefeitura de Leme

Após a Justiça de Leme determinar o afastamento temporário do prefeito Wagner Ricardo Antunes Filho(Wagão), na tarde desta sexta-feira(16) na sala de reuniões da prefeitura, tomou posse o vice-prefeito Dr. Gustavo Cassiolatto Fagion(PSDB).
A juíza de direito Dra. Camila Marcela Ferrari Arcaro, determinou que o vice-prefeito, Dr. Gustavo Faggion assumisse o exercício das funções.

Na posse estiveram presentes, representantes da imprensa e colegas de partido do Dr. Gustavo. O secretário de comunicação Edjalma Gonçalves, foi quem comunicou a posse do novo prefeito.
Em entrevista coletiva, o novo prefeito disse estar pronto para assumir o desafio e espera não ter dificuldades em continuar o bom trabalho, que até então vinha fazendo o prefeito Wagão.
Perguntado sobre o secretariado, Dr. Gustavo disse que; espera manter alguns que já estavam no cargo e irá fazer uma reunião na próxima segunda-feira com colegas de partido para discutir possíveis nomes.

ENTENDA O CASO:
Justiça determina afastamento de prefeito e chefe do setor de compras
Inquérito investiga desvio de R$ 961,2 mil e fornecimento irregular de medicamentos

A Justiça de Leme determinou, nesta quinta-feira (15), o afastamento temporário do prefeito da cidade, Wagner Ricardo Antunes Filho (DEM), e do chefe do setor de compras do município, Pedro Doniseti Benedito. A juíza Camila Marcela Ferrari Arcaro estabeleceu um prazo de 210 dias ou até que se conclua o inquérito que investiga um suposto esquema de desvio de R$ 961,2 mil dos cofres públicos para fins particulares e fornecimento de medicamentos para população de forma irregular com a finalidade de promoção eleitoral.

A juíza pede ainda que o vice-prefeito, Gustavo Faggiun, assuma o exercício das funções, mas a data ainda não foi informada.

O advogado do prefeito, Edmilson Barbato, já está providenciando o recurso para pedir a suspensão da decisão. O chefe do setor de compras não foi encontrado para comentar o caso.

Bloqueio de bens
No início do mês, o Ministério Público obteve uma liminar da Justiça que bloqueia os bens do prefeito, de três secretários municipais, de cinco vereadores, de funcionários públicos e comerciantes do município, que estariam envolvidos.

Na ação, os promotores pedem o afastamento do prefeito e a condenação de todos os envolvidos e o ressarcimento da verba desviada.
O caso
De acordo com uma investigação do Ministério Público, o esquema, acontecia desde 2008. Em uma operação da Polícia Militar e de cinco promotores no dia 26 de agosto, foram apreendidos documentos que mostram que o esquema funcionava através de anotações de pedidos, algumas com a assinatura do prefeito Wagner Ricardo Antunes Filho.

"Quando a soma do valor desses produtos chegava perto do R$ 8 mil, valor que permite a dispensa de licitação, o supermercado informava a prefeitura e se fazia uma requisição falsa de cestas básicas, produtos de limpeza. Dessa maneira se esquentava a compra", disse na ocasião o promotor de Justiça Daniel Serra Azul.

Algumas compras incluíam caixas de baralho, camisas e remédios. Em um dos boletos, estava a compra de carnes para churrasco, com um valor de R$ 339, e que seriam supostamente encaminhadas para o setor de saúde.

No dia da operação, o advogado do prefeito, Edmilson Barbato, negou as irregularidades e disse que todas as compras foram feitas legalmente.

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