sábado, 10 de dezembro de 2011

Tecnologia nos estádios: o que poderemos ter nas arenas brasileiras até 2014?

Estádios com Wi-Fi e informações exclusivas para torcedor, catracas inteligentes, sistema HD de segurança e até arquibancadas retráteis



Depois de 64 anos, o Brasil voltará a ser palco de mais uma Copa do Mundo. A abertura do Mundial de 2014 será aqui, onde está sendo construído o estádio do Corinthians, na zona leste da capital paulista. Quando estiver pronta, a arena deve ter recursos tecnológicos que já são usados em estádios de países desenvolvidos.
Paulo Ferreira é diretor executivo da Sonda IT e nos explica que, "obviamente, teremos 2 grandes telões no estádio, que vão ser os maiores e estarão direcionados para o público, passando cenas do jogo, marketing e outras imagens". Porém, ele diz que, ao todo, mais 2 mil ou 2,5 mil telas serão espalhadas dentro do estádio.
Mais do que isso, o novo estádio e todo o empreendimento, assim como já existe na Europa e nos Estados Unidos, será um espaço totalmente conectado: "O estádio do Corinthians vai ser todo coberto por wi-fi, ou seja, qualquer torcedor com tablet, ou telefone com acesso à internet, poderá ter informações que vão ser geradas pelo próprio estádio", diz Paulo.
Esqueça a antiga arquibancada de concreto puro. Os projetistas dos novos estádios têm dezenas de modelos de assentos à disposição. Um exemplo são os protótipos de arquibancadas retráteis. Os telões de LED gigantescos devem aparecer em vários desse novos projetos. Aliás, por falar em LED, opções de iluminação usando esse tipo de lâmpada não faltam, muitas inclusive já com sensor de presença e outras até com baterias carregadas pela luz solar.
Mas, uma das áreas que mais chama a atenção é a das soluções para segurança, como sistemas de vídeo e catracas inteligentes. Um produto alemão, que é uma das últimas palavras em monitoramento de estádios, permite que, com apenas dois dispositivos como este, que podem levar até 18 câmeras inteligentes de alta definição embutidas, seja possível acompanhar tudo o que acontece nas arquibancadas. O zoom permite identificar uma pessoa na multidão e até acompanhá-la em tempo real.
Reinaldo Heigl, assistente comercial da Dallmeier, nos explica que, com esse sistema, é possível gravar o estádio inteiro em tempo real e dar zoom em tumultos ou problemas, sem perder a gravação do contorno total.
Aqui, a idéia é juntar, num único sistema, segurança e entretenimento, desde a emissão dos ingressos até o sistema multimídia do estádio, com até 64 câmeras acompanhando a partida e possibilidade de replay no telão com mais de um ângulo de visão.
Decio Kishi, diretor de vendas da Colosseo diz que, se o jogador possuir um chip em sua camisa, como ocorre nos capacetes de Hóquei, dá para controlar, também, as estatistícas dos jogadores. "Dá para saber quantos quilômetros ele correu em campo", diz.
Este mesmo sistema integra, ainda, catracas com reconhecimento facial e câmeras capazes de identificar e acompanhar todos os seus passos dentro do estádio. Decio explica que o reconhecimento facial foi acoplado ao banco de dados da Interpol, para evitar terrorismo, hooligans e outros problemas.

Já a Madis Rodbel, que é 100% brasileira, tem equipamentos instalados nos mais importantes estádios de futebol do mundo. Esta catraca inteligente comporta o fluxo de cerca de 1200 pessoas por hora e tem um leitor configurável capaz de identificar qualquer tipo de bilhete. Evaldo Battaini, representante comercial da empresa, diz que "se você tiver um bilhete que comprou pela internet, com código de barras, e que você imprimiu em uma folha A4, não terá problemas para fazer a leitura. Se você o recebeu pelo celular, basta apontar o aparelho para o leitor e pronto".

As catracas têm também sensores que identificam a presença humana e são motorizadas - ou seja, diferente das tradicionais que já conhecemos, ela não requer qualquer contato físico com o usuário. Ao identificar e ler o bilhete, ela gira automaticamente liberando a entrada. Isso, segundo eles, gera uma necessidade de 40% menos equipamentos para atender as exigências da FIFA nos estádios para a Copa de 2014.
Evaldo explica como o sistema age: "Em caso de pânico, o próprio sistema vai acionar o software do estádio, derrubando as hastes e dando passagem de 100% do espaço para que as pessoas passem, como exige a Fifa", diz.
Na teoria, tudo isso parece muito moderno, prático e seguro. Mas, todos sabemos que o país está atrasado nas obras dos estádios do mundial. O governo, no entanto, diz que as arenas vão estar prontas e com muita tecnologia disponível. Junto dessa matéria, você encontra o link para uma entrevista exclusiva com o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, que falou sobre o compromisso brasileiro de levar conexão 4G aos estádios da Copa do Mundo. Você confere, também, uma série de reportagens especiais que mostram a relação entre esporte e tecnologia. Quer saber tudo o que vem por aí para ajudar os árbitros a errar menos, e os atletas a render mais? Acesse e fique por dentro.

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